A trombofilia é uma condição que aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos (trombose). Embora muitas vezes seja silenciosa, a trombofilia pode trazer sérias complicações — principalmente em mulheres grávidas ou em pessoas com histórico familiar de trombose.
Se você está em investigação ou suspeita dessa condição, entender quais exames para trombofilia são indicados é o primeiro passo para um diagnóstico preciso.
Neste artigo, você entenderá o que é trombofilia, quais são os fatores de risco, a relação com infertilidade e os principais exames para o diagnóstico.
O que é Trombofilia?
A trombofilia é um distúrbio da coagulação sanguínea que predispõe a formação de coágulos em locais inadequados, como veias e artérias. Embora a coagulação seja um mecanismo natural do organismo para evitar sangramentos excessivos, na trombofilia esse processo acontece de forma desregulada, aumentando o risco de trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar.
A hipercoagulação pode ser hereditária (genética), quando é transmitida de pais para filhos, ou adquirida, quando surge devido a fatores externos, como doenças autoimunes, uso de medicamentos ou cirurgias.
Fatores de Risco para Trombofilia
Existem diversas condições que aumentam a chance de desenvolver hipercoagulação, incluindo:
Fatores Genéticos (Trombofilia Hereditária)
- Mutação no Fator V de Leiden
- Mutação na Protrombina (Fator II)
- Deficiência de Proteína C e S
- Deficiência de Antitrombina III
Fatores Adquiridos (Trombofilia Secundária)
- Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide (SAF)
- Uso de anticoncepcionais hormonais ou terapia de reposição hormonal
- Gravidez e puerpério (pós-parto)
- Obesidade e sedentarismo
- Histórico de cirurgias recentes ou imobilização prolongada
- Doenças autoimunes, como lúpus
Se você possui histórico familiar de trombose ou apresenta algum desses fatores, é importante considerar a realização de exames específicos para rastreio dessa condição.
Quais são os exames para diagnóstico de trombofilia?
O diagnóstico de trombofilias envolve uma combinação de exames laboratoriais genéticos e imunológicos. Eles ajudam a identificar alterações que podem aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos. Veja os principais:
Exames genéticos (hereditários)
Esses exames identificam mutações que podem ser herdadas e que afetam a coagulação:
Fator V de Leiden – Detecta mutação que aumenta a resistência à proteína C ativada, elevando o risco de trombose.
Saiba mais sobre este exameMutação do gene da protrombina (G20210A) – Aumenta a produção de trombina, essencial para a formação de coágulos.
Polimorfismo do gene PAI-1 (4G/5G) – Relacionado à redução da fibrinólise, favorecendo o acúmulo de coágulos.
Veja detalhes do exame de PAI-1Mutação C677T no gene da MTHFR – Associada a altos níveis de homocisteína, o que pode aumentar o risco de eventos trombóticos.
Exames imunológicos (adquiridos)
Indicados para investigar síndromes autoimunes que podem causar trombofilia, especialmente em mulheres com perdas gestacionais ou tromboses inexplicadas:
Anticorpos antifosfolipídeos – Incluem um grupo de autoanticorpos que interferem na coagulação.
Anticorpos anticardiolipina (IgG e IgM) – Estão entre os principais marcadores da síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAF), podendo causar tromboses e abortos de repetição.
Anticoagulante lúpico – Detecta anticorpos que prolongam o tempo de coagulação e aumentam o risco de trombose.
Beta-2-glicoproteína I – Avalia outro marcador importante da SAF.
Dosagem de homocisteína – Níveis elevados podem indicar trombofilia, especialmente quando associados a mutações genéticas como MTHFR.
Quando os exames para trombofilia são indicados?
Os exames geralmente são indicados em situações como:
Histórico pessoal ou familiar de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar
Abortos de repetição ou complicações obstétricas
Uso de anticoncepcionais hormonais com eventos trombóticos
Trombose em idade jovem
Suspeita de síndrome do anticorpo antifosfolipídeo
Esses testes podem ser solicitados por ginecologistas, hematologistas ou médicos da reprodução, especialmente quando há risco de complicações vasculares ou reprodutivas.
Trombofilia e Infertilidade: Qual a Relação?
A trombofilia tem sido amplamente estudada por sua relação com a infertilidade e complicações gestacionais. Em mulheres, a formação de microcoágulos pode prejudicar a circulação sanguínea na placenta, levando a:
❌ Abortos de repetição
❌ Dificuldade na implantação do embrião
❌ Pré-eclâmpsia e eclâmpsia
❌ Insuficiência placentária e restrição do crescimento fetal
Por isso, mulheres que enfrentam dificuldades para engravidar ou têm histórico de abortos recorrentes devem realizar exames para trombofilia. Caso o diagnóstico seja confirmado, o tratamento pode incluir uso de anticoagulantes, como heparina, durante a gestação para reduzir os riscos.
A trombofilia é uma condição séria, mas que pode ser controlada com o acompanhamento médico adequado.
Onde fazer exames para trombofilia?
No Posenato Diagnósticos, você realiza os exames genéticos e imunológicos para investigação de trombofilia com:
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Equipe especializada
Preços acessíveis para quem não tem convênio
Atendimento acolhedor e sigiloso
Se você tem histórico familiar de trombose, abortos recorrentes ou fatores de risco, realizar exames laboratoriais é essencial para um diagnóstico precoce e prevenção de complicações.
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FAQ – Perguntas Frequentes
1. Quais exames detectam trombofilia?
Os principais exames incluem: Fator V de Leiden, mutações do PAI-1, anticorpos antifosfolipídeos, anticardiolipina e dosagem de homocisteína.
2. Qual o valor de um exame de trombofilia?
No Posenato, os exames têm valores acessíveis e podem ser parcelados em até 12x sem juros no cartão.
3. Trombofilia pode causar aborto?
Sim. Algumas formas de trombofilia, como a SAF, aumentam o risco de perdas gestacionais recorrentes.
4. Posso fazer esses exames mesmo sem pedido médico?
Sim. Porém, é sempre recomendável fazer o acompanhamento com um médico especialista.
5. Trombofilia tem cura?
A maioria das trombofilias não tem cura, mas pode ser controlada com acompanhamento médico adequado.
Referências:
https://onlinelibrary.wiley.com/
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1365-2141.2012.09112.x
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21116184/