O pré diabetes é uma condição em que os níveis de glicose no sangue estão acima do considerado normal, mas ainda não configuram um diagnóstico de diabetes tipo 2. Muitas vezes, passa despercebido, já que não apresenta sintomas evidentes, mas representa um alerta importante: é um estágio de risco que pode evoluir para diabetes se não houver mudanças no estilo de vida.
Assim como em outras condições silenciosas, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais. Neste artigo, você vai entender o que é pré-diabetes, como ele está relacionado à alimentação e ao estilo de vida, quais exames ajudam na detecção e o que fazer para evitar sua progressão.
O que é pré diabetes?
O pré diabetes ocorre quando o organismo apresenta resistência à insulina ou dificuldade em utilizá-la adequadamente. Isso faz com que a glicose se acumule no sangue, levando a valores acima do normal, mas ainda abaixo do limite para o diagnóstico de diabetes.
- Glicemia normal em jejum: até 99 mg/dL
- Pré-diabetes (alteração da glicemia em jejum): entre 100 e 125 mg/dL
- Diabetes: acima de 126 mg/dL em jejum
Esse estágio intermediário indica que o corpo já está em desequilíbrio metabólico, mas ainda é possível reverter o quadro com hábitos saudáveis e acompanhamento médico.
Sintomas de pré-diabetes
Muitas pessoas com pré-diabetes não apresentam sintomas, o que reforça a importância dos exames preventivos. No entanto, alguns sinais podem surgir:
- Cansaço frequente;
- Aumento da sede;
- Vontade de urinar várias vezes ao dia;
- Ganho ou perda de peso sem causa aparente;
- Aumento da fome.
Esses sintomas também são comuns ao diabetes tipo 2, por isso a avaliação laboratorial é indispensável.
Alimentação, estilo de vida e pré-diabetes
A relação entre estilo de vida e pré-diabetes é direta. Fatores como sedentarismo, alimentação rica em açúcares e ultraprocessados, excesso de peso e estresse estão entre as principais causas.
- Alimentação inadequada: consumo excessivo de refrigerantes, doces, frituras e carboidratos refinados favorece picos de glicose no sangue.
- Sedentarismo: a falta de atividade física reduz a sensibilidade à insulina.
- Sobrepeso e obesidade: o acúmulo de gordura abdominal está fortemente associado à resistência insulínica.
- Estresse e sono ruim: alteram hormônios que regulam a glicose.
Adotar hábitos saudáveis é a principal forma de reverter o quadro:
- Preferir alimentos integrais e ricos em fibras;
- Praticar atividade física regular;
- Reduzir o consumo de álcool;
- Manter rotina de sono adequada.
Exames para detectar o pré-diabetes
O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais simples e acessíveis:
- Glicemia de jejum: principal exame inicial, mede a quantidade de glicose no sangue após jejum de 8 horas.
- Hemoglobina glicada (HbA1c): mostra a média da glicose nos últimos 2 a 3 meses. Valores entre 5,7% e 6,4% indicam pré-diabetes.
- Teste oral de tolerância à glicose (TOTG): avalia a resposta do corpo após ingestão de glicose. É um dos mais precisos para detectar alterações.
- Exame de insulina: avalia a produção do hormônio insulina, essencial para o controle da glicose. Alterações nos níveis podem indicar resistência insulínica, que muitas vezes antecede o pré-diabetes.
Esses exames são fundamentais para quem apresenta fatores de risco, como histórico familiar de diabetes, obesidade, hipertensão ou colesterol alto.
Veja também: Glicemia: níveis de glicose no sangue
Pré-diabetes e risco cardíaco
O pré-diabetes não se limita apenas ao risco de evoluir para diabetes tipo 2. Alterações na glicose estão intimamente relacionadas a problemas cardiovasculares. Pessoas com resistência insulínica apresentam maior probabilidade de desenvolver:
Hipertensão arterial;
Colesterol e triglicerídeos altos;
Doença arterial coronariana;
Infarto e AVC.
Isso acontece porque os mesmos fatores que favorecem o aumento da glicose — como má alimentação, obesidade abdominal e sedentarismo — também comprometem a saúde do coração e dos vasos sanguíneos.
Para uma avaliação mais completa, exames laboratoriais podem ser combinados em perfis específicos, como o Check-Up Risco Cardiovascular.
Prevenção e acompanhamento
O pré-diabetes não precisa evoluir para diabetes. Estudos mostram que mudanças simples, quando aplicadas de forma consistente, podem reduzir em até 58% o risco de progressão da doença.
- Realizar exames anuais para controle;
- Consultar médico regularmente;
- Manter uma dieta equilibrada;
- Praticar exercícios ao menos 150 minutos por semana;
- Controlar pressão arterial e colesterol.
FAQ – Perguntas frequentes sobre pré-diabetes
1. O que é considerado glicemia normal?
Valores de glicemia em jejum até 99 mg/dL são considerados normais. Entre 100 e 125 mg/dL já indicam pré-diabetes.
2. Pré-diabetes tem cura?
Não é considerado uma doença definitiva. Com mudanças no estilo de vida, é possível reverter o quadro e voltar aos níveis normais de glicose.
3. Quais exames devo fazer para saber se tenho pré-diabetes?
Glicemia de jejum, hemoglobina glicada e teste oral de tolerância à glicose são os principais.
4. Quais os sintomas mais comuns?
Na maioria das vezes não há sintomas. Quando presentes, incluem sede excessiva, cansaço, fome em excesso e urina frequente.
5. Se tenho histórico familiar, devo fazer exames?
Sim. Quem tem pais ou irmãos com diabetes tem maior risco e deve realizar exames preventivos regularmente.
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Referências:
Do pré-diabetes ao diabetes: diagnóstico, tratamentos e pesquisa translacional