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Gordura no Fígado: Causas, Sintomas, Exames e Tratamento

A gordura no fígado, também chamada de esteatose hepática, é um dos problemas de fígado mais comuns no Brasil. Ela ocorre quando há acúmulo de gordura dentro das células hepáticas, comprometendo a função do fígado e podendo evoluir para inflamação, fibrose e cirrose.

Em muitos casos, é uma condição silenciosa, descoberta apenas em exames de rotina.
Neste artigo, você vai entender o que causa a gordura no fígado, os sintomas, exames que confirmam o diagnóstico, se tem cura e como tratar de forma eficaz.

O que é gordura no fígado?

O fígado é responsável por filtrar substâncias tóxicas, metabolizar gorduras e produzir bile. Quando há excesso de gordura — especialmente triglicerídeos — dentro de suas células, desenvolve-se a esteatose hepática.

Existem dois tipos principais:

  • Esteatose hepática não alcoólica (EHNA): causada por alterações metabólicas como obesidade, diabetes e resistência à insulina.
  • Esteatose hepática alcoólica: associada ao consumo excessivo de álcool.

Ambas podem evoluir para esteato-hepatite, um estágio em que o fígado passa a inflamar e sofrer cicatrizes (fibrose).

Causas da gordura no fígado

A esteatose aparece quando o fígado recebe mais gordura do que consegue metabolizar. As principais causas são:

  • Alimentação rica em frituras e ultraprocessados;
  • Sedentarismo;
  • Sobrepeso e obesidade abdominal;
  • Diabetes tipo 2 e resistência à insulina;
  • Colesterol e triglicerídeos altos;
  • Consumo de álcool;
  • Uso de medicamentos como corticoides, hormônios e anticonvulsivantes.

Curiosidade: a resistência à insulina estimula o fígado a transformar glicose em gordura, aumentando o acúmulo hepático mesmo em quem não consome álcool.

Sintomas de esteatose hepática

Na maioria dos casos, não há sintomas. Porém, quando presentes, podem incluir:

  • Cansaço e fadiga constantes;
  • Desconforto abdominal no lado direito;
  • Náuseas e perda de apetite;
  • Aumento da barriga;
  • Dificuldade para emagrecer.

Por ser silenciosa, a melhor forma de detectar é realizando exames de sangue e imagem periodicamente.

Exames que detectam gordura no fígado

A avaliação do fígado é simples e pode ser feita com:

ExameFunção principal
TGO (AST) e TGP (ALT)Detectam inflamação hepática.
Gama GT (GGT)Indica alterações hepáticas e uso de álcool.
Ultrassonografia abdominalVisualiza acúmulo de gordura no fígado.
Perfil lipídicoMede colesterol e triglicerídeos.
Glicemia e insulinaAvaliam metabolismo e risco de síndrome metabólica.

Se você quer uma análise completa, conheça o Check-Up do Bem-Estar — ele inclui exames para detectar inflamação subclínica, colesterol e função hepática.

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Grau de esteatose

A ultrassonografia classifica a esteatose em três graus:

  • Grau 1: leve acúmulo de gordura, geralmente reversível;
  • Grau 2: moderado, já pode alterar enzimas hepáticas;
  • Grau 3: acentuado, com risco de inflamação e fibrose.

Quanto maior o grau, maior a necessidade de acompanhamento médico e controle metabólico rigoroso.

Alimentação e prevenção

Uma dieta equilibrada é essencial para reverter a gordura no fígado:

  • Prefira frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras;
  • Evite açúcares, refrigerantes e álcool;
  • Priorize gorduras boas (azeite, castanhas, abacate);
  • Mantenha uma rotina de atividade física regular;
  • Controle o peso e a glicemia.

Essas mudanças, somadas ao acompanhamento médico e laboratorial, podem normalizar as enzimas hepáticas em poucos meses.

Gordura no fígado tem cura?

Sim. Nos estágios iniciais, a esteatose hepática é totalmente reversível.
A reversão depende da mudança de hábitos, controle do peso e correção das causas metabólicas.
Nos casos mais avançados (esteato-hepatite ou cirrose), é possível estabilizar a doença e evitar progressão com acompanhamento especializado.

Relação entre fígado gorduroso e inflamação

A esteatose está ligada à inflamação sistêmica, que pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares e metabólicas.
Por isso, monitorar marcadores inflamatórios — como Ferritina  e Proteína C-Reativa (PCR) — é fundamental para entender a gravidade do quadro.

Entendendo melhor a função do fígado e seu papel no metabolismo

O fígado é um órgão multifuncional, envolvido em centenas de processos essenciais ao equilíbrio do corpo. Ele atua na produção de proteínas, no armazenamento de vitaminas e minerais, na filtragem de substâncias tóxicas e na regulação do metabolismo energético.

Quando o fígado está sobrecarregado — seja por excesso de gorduras, medicamentos, álcool ou açúcares — sua eficiência diminui, e o corpo passa a apresentar pequenos sinais de desequilíbrio, como fadiga, digestão lenta e alterações nos exames laboratoriais.

Mesmo alterações discretas nas enzimas hepáticas merecem atenção, pois indicam que o órgão está trabalhando além do normal. Por isso, manter uma alimentação equilibrada, sono regular e rotina de exames preventivos é fundamental para preservar o bom funcionamento do fígado e garantir um metabolismo saudável.

Além disso, condições como estresse, privação de sono e uso contínuo de remédios também podem impactar o desempenho hepático, mesmo em pessoas sem outras doenças. A avaliação clínica regular é a melhor forma de detectar precocemente qualquer alteração e evitar complicações no futuro.

Perguntas frequentes (FAQ)

1. Como eliminar gordura no fígado rapidamente?
Com dieta equilibrada, redução de peso e atividade física regular. Em casos leves, a melhora pode ocorrer em 3 a 6 meses.

2. Esteatose hepática é perigosa?
Sim, se não tratada. Pode evoluir para esteato-hepatite e, em estágios avançados, cirrose hepática.

3. Qual exame de sangue detecta gordura no fígado?
Os mais usados são TGO, TGP e Gama GT, que indicam inflamação e função hepática.

4. Posso ter esteatose hepática mesmo sendo magro?
Sim. Pessoas com resistência à insulina e má alimentação também desenvolvem o problema.

5. O fígado gorduroso causa sintomas imediatos?
Na maioria das vezes não. As alterações são silenciosas e aparecem apenas em exames.

Quando procurar um médico?

Se você tem colesterol alto, glicemia alterada, sobrepeso ou consumo regular de álcool, procure seu médico e realize exames laboratoriais preventivos.
Detectar a gordura no fígado cedo é a melhor forma de evitar complicações.

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Referências:

Obesidade e esteatose grave: a importância dos exames e pontos bioquímicos – NIH

Níveis de enzimas hepáticas em adolescentes com obesidade e resistência à insulina: uma análise de correspondência de pontuação de propensão

Síndrome metabólica – Manual MSD

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