A dosagem de G6PD (Glicose-6-Fosfato Desidrogenase) é um exame fundamental para avaliar a capacidade do organismo de lidar com o estresse oxidativo, um dos processos mais importantes na saúde celular, no desempenho físico e na prevenção de doenças.
Por ser uma enzima essencial para proteger os glóbulos vermelhos contra danos, sua deficiência pode aumentar o risco de hemólise, queda de desempenho e intolerância a alguns medicamentos, suplementos e até alimentos.
Essa avaliação tem ganhado destaque entre médicos, nutricionistas e profissionais do esporte, especialmente por ajudar a entender como o corpo reage a treinos intensos, dietas restritivas e estratégias avançadas de suplementação — temas profundamente relacionados ao nosso artigo sobre estresse oxidativo e radicais livres.
O que é a G6PD e por que essa enzima é tão importante?
A Glicose-6-Fosfato Desidrogenase é uma enzima presente nos glóbulos vermelhos responsável por manter sua integridade diante de processos de oxidação. É ela que permite que as hemácias neutralizem radicais livres e resistam ao estresse metabólico.
Quando essa enzima está deficiente, as hemácias se tornam frágeis e podem se romper facilmente, ocasionando episódios de anemia hemolítica, especialmente após uso de determinados medicamentos, exposição a substâncias oxidantes ou esforço físico intenso.
A deficiência costuma ser genética e permanente, o que faz da dosagem de G6PD um exame que normalmente é feito apenas uma vez na vida, exceto em situações específicas como crises hemolíticas ou transfusões recentes.
Para que serve o exame de G6PD?
1. Detectar deficiência genética da enzima
A principal finalidade do exame é confirmar se o paciente possui a deficiência. Isso permite prevenir episódios de hemólise e orientar cuidados em longo prazo.
2. Evitar reações graves a medicamentos
Pessoas com deficiência de Glicose-6-Fosfato Desidrogenase não podem utilizar alguns fármacos, como sulfas, primaquina, nitrofurantoína e certos antibióticos.
Identificar essa condição evita complicações graves.
3. Avaliar risco com alimentos e substâncias oxidantes
Fava (favismo), naftalina e alguns produtos químicos podem causar hemólise em pessoas com baixa G6PD.
4. Investigar anemia hemolítica e icterícia
O exame auxilia na investigação de fadiga intensa, urina escura, queda rápida da hemoglobina e icterícia sem causa aparente.
5. Monitorar segurança em recém-nascidos
Muitos pediatras solicitam o teste para avaliar risco de icterícia neonatal grave.
Por que a G6PD é tão importante na área esportiva e nutricional?
A prática esportiva, especialmente em alto rendimento, aumenta a produção de radicais livres e eleva a demanda antioxidante do organismo — um ponto diretamente relacionado ao conteúdo sobre estresse oxidativo . A Glicose-6-Fosfato Desidrogenase determina justamente o quanto os glóbulos vermelhos conseguem se proteger desse impacto.
1. Exercícios intensos aumentam o estresse oxidativo
Musculação pesada, crossfit, HIIT e endurance elevam a geração de radicais livres.
Para quem tem G6PD baixa, isso pode resultar em:
- queda na performance
- recuperação lenta
- fadiga intensa após o treino
- hemólise subclínica (redução discreta da hemoglobina)
- menor tolerância a treinos longos e de alta intensidade
2. Suplementos usados por atletas podem precipitar hemólise
Alguns suplementos populares aumentam a demanda antioxidante, como:
- megadoses de vitamina C
- NAC e glutationa em doses altas
- pré-treinos estimulantes
- compostos herbais oxidantes
Em pessoas com G6PD deficiente, isso pode desencadear crises.
3. Dietas de cutting e protocolos agressivos aumentam radicais livres
Estratégias como:
- low-carb
- cetogênica
- jejuns prolongados
- déficit calórico intenso
Podem elevar o estresse oxidativo, tornando essencial saber se o atleta possui G6PD suficiente para lidar com essa sobrecarga.
4. Influência no transporte de oxigênio e performance aeróbica
Hemácias mais frágeis significam menor eficiência no transporte de oxigênio para os músculos, o que pode resultar em:
- queda de VO₂ máximo
- menor tolerância ao exercício
- dificuldade de manter cargas elevadas
5. Segurança em protocolos avançados de acompanhamento esportivo
Nutricionistas e médicos do esporte solicitam o exame antes de:
- iniciar suplementação avançada
- ajustar doses antioxidantes
- começar protocolos de hipertrofia intensos
- usar substâncias oxidantes ou termogênicos
- planejar estratégias agressivas de perda de peso
Esse é um exame que ajuda a personalizar a estratégia nutricional e proteger o atleta de riscos.
Quem deve fazer o exame de G6PD?
- Pessoas com histórico familiar de deficiência
- Atletas e praticantes de musculação de alta intensidade
- Pacientes que usam múltiplos medicamentos
- Indivíduos que farão uso de medicamentos que exigem cautela (sulfas, antimaláricos, alguns antibióticos)
- Pacientes com anemia hemolítica ou icterícia sem explicação
- Pessoas expostas a substâncias oxidantes
- Recém-nascidos com risco de icterícia
- Indivíduos que seguem dietas restritivas ou intensas estratégias de emagrecimento
- Pacientes acompanhados para longevidade e equilíbrio metabólico
Esse exame também pode ser integrado a perfis voltados para bem-estar e prevenção, como o Check-Up Wellness e Vitalidade.
O exame é feito apenas uma vez na vida?
Sim — na maioria das vezes, sim.
A deficiência é genética e permanente.
Porém, a dosagem deve ser repetida em situações específicas:
- durante ou logo após crise hemolítica
- após transfusão sanguínea (aguardar 90 dias)
- após uso recente de altas doses de antioxidantes ou medicamentos oxidantes
Fora isso, trata-se de um exame que o paciente faz uma única vez.
Quando conversar com seu nutricionista ou médico do esporte sobre G6PD?
- antes de usar suplementos potentes
- antes de iniciar treinos de alta intensidade
- ao apresentar queda de performance sem explicação
- ao apresentar fadiga constante após exercícios
- ao fazer dietas restritivas agressivas
- ao iniciar protocolos de recomposição corporal
Com a dosagem de G6PD, é possível ajustar treinos, dieta e suplementação de forma segura.
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FAQ – Perguntas frequentes sobre G6PD
1. G6PD é o mesmo que um exame de anemia?
Não. Ele avalia a atividade de uma enzima dentro das hemácias e identifica risco de hemólise, não mede anemia diretamente.
2. Tenho deficiência de G6PD. Posso treinar normalmente?
Sim, porém treinos muito intensos e suplementação agressiva devem ser acompanhados por um profissional, pois aumentam o risco de hemólise.
3. Quem faz musculação precisa dosar G6PD?
É altamente recomendado para quem treina forte, usa pré-treino, termogênicos ou estratégias de cutting.
4. G6PD baixa causa sintomas no dia a dia?
Normalmente não. Os sintomas surgem quando a pessoa é exposta a fatores oxidantes (medicamentos, alimentos, exercícios intensos).
5. O exame precisa de jejum?
Não. A coleta pode ser realizada a qualquer horário.
6. Como saber se suplementos são seguros para mim?
O resultado da G6PD orienta médicos e nutricionistas a escolherem suplementos adequados ao seu metabolismo.
7. Crianças precisam fazer esse exame?
Em famílias com histórico de deficiência, muitos pediatras solicitam a dosagem ainda na infância.
Referências:


