A vitamina D desempenha um papel fundamental na saúde óssea, imunológica e metabólica. No entanto, poucas pessoas sabem que ela existe em duas formas principais no organismo — a 25-hidroxivitamina D (25OH) e a 1,25-di-hidroxivitamina D (1,25OH₂) — e que cada uma tem uma função e indicação laboratorial diferentes.
Entender essa diferença é essencial para interpretar corretamente seus resultados e saber quando cada exame deve ser solicitado.
A vitamina D atua como um verdadeiro “hormônio regulador”, influenciando desde a absorção de cálcio até o equilíbrio imunológico e o metabolismo de diversos tecidos.
Após ser produzida na pele (por exposição solar) ou obtida na alimentação, ela passa por duas etapas de ativação no organismo:
- No fígado, é convertida em 25-hidroxivitamina D (25OH), também chamada de calcidiol.
- Nos rins, é transformada em 1,25-di-hidroxivitamina D (1,25OH₂), conhecida como calcitriol, a forma biologicamente ativa.
Essas duas formas têm papéis complementares, mas o exame mais comum e confiável para avaliar os níveis de vitamina D no corpo é o 25OH, e não o 1,25OH₂.
O que é a Vitamina D 25OH (Calcidiol)
A 25OH vitamina D é a forma armazenada da vitamina D.
Ela reflete a quantidade total de vitamina D proveniente da exposição solar, da alimentação e da suplementação, representando o estoque corporal disponível para conversão em sua forma ativa.
É a dosagem de escolha em praticamente todos os casos clínicos, inclusive para:
- Avaliar deficiência ou excesso de vitamina D;
- Acompanhar suplementação;
- Monitorar risco de osteopenia e osteoporose;
- Investigar sintomas como fadiga, fraqueza e baixa imunidade.
Valores ideais: entre 30 e 60 ng/mL, segundo diretrizes nacionais e internacionais.
O que é a Vitamina D 1,25OH₂ (Calcitriol)
A 1,25OH₂ vitamina D é a forma ativa do hormônio, responsável por efetivamente agir nos tecidos e regular a absorção intestinal de cálcio e fósforo.
Por ser regulada por diversos fatores — especialmente o paratormônio (PTH) e a função renal — sua dosagem não é indicada para avaliar deficiência nutricional.
Ela é solicitada em situações específicas, como:
- Doenças renais crônicas, que alteram a ativação da vitamina D;
- Doenças da paratireoide, com alterações de cálcio e PTH;
- Casos de hipercalcemia sem causa aparente;
- Sarcoidose e outras doenças granulomatosas, em que há produção descontrolada da forma ativa.
Quando Solicitar Cada Exame
| Situação clínica | Exame recomendado |
|---|---|
| Avaliar deficiência ou excesso de vitamina D | 25OH (calcidiol) |
| Acompanhar suplementação de vitamina D | 25OH (calcidiol) |
| Suspeita de distúrbio renal ou paratireoideano | 1,25OH₂ (calcitriol) |
| Investigar hipercalcemia inexplicada | 1,25OH₂ (calcitriol) |
| Avaliação geral de rotina | 25OH (calcidiol) |
Em resumo: a 25OH indica estoque e é o exame de rotina; a 1,25OH₂ mostra atividade hormonal, útil em casos específicos.
Sintomas e Riscos do Desequilíbrio
A deficiência de vitamina D 25OH é comum e pode causar:
- Fadiga e fraqueza muscular;
- Baixa imunidade;
- Dores ósseas;
- Humor deprimido e alterações cognitivas;
- Maior risco de osteoporose e fraturas.
Por outro lado, o excesso de vitamina D — geralmente por uso inadequado de suplementos — pode levar à hipercalcemia, com sintomas como:
- Náuseas, vômitos e perda de apetite;
- Sede intensa e urina em excesso;
- Cálculos renais;
- Confusão mental e fraqueza.
Por isso, nunca deve haver suplementação sem acompanhamento médico e exames laboratoriais.
Como Manter o Equilíbrio dos Níveis de Vitamina D
- Exposição solar segura: 15 a 20 minutos por dia, nos horários com luz solar indireta.
- Alimentação rica em vitamina D: peixes gordurosos, ovos, fígado e laticínios fortificados.
- Acompanhamento laboratorial: a cada 6 a 12 meses, especialmente se fizer uso de suplementos.
- Orientação profissional: ajuste individualizado das doses conforme resultados do exame.
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Veja também:
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Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Qual é a diferença entre vitamina D 25OH e 1,25OH₂?
A 25OH (calcidiol) mostra o estoque de vitamina D no organismo, enquanto a 1,25OH₂ (calcitriol) representa a forma ativa. O exame de rotina é o da 25OH.
2. Quando o exame 1,25OH₂ deve ser solicitado?
Em casos específicos, como doenças renais, alterações no PTH ou hipercalcemia sem causa definida.
3. Posso ter vitamina D 25OH normal e ainda assim sintomas de deficiência?
Sim. Em raros casos, a conversão renal pode estar comprometida, exigindo avaliação da forma 1,25OH₂ e de outros marcadores, como cálcio e PTH.
4. O excesso de vitamina D é perigoso?
Sim. Pode causar hipercalcemia e danos renais. A suplementação deve sempre ser orientada por um profissional de saúde.
5. Com que frequência devo repetir o exame de vitamina D?
Em geral, uma vez ao ano é suficiente, mas quem usa suplementação deve repetir conforme recomendação médica.
Referências:
Ações calciotrópicas do hormônio da paratireoide e da vitamina D – sistema endócrino


