Exames de sangue que detectam inflamação são ferramentas muito úteis, pois ajudam na detecção dos processos inflamatórios e monitoram a evolução do tratamento.
O Que É Inflamação?
Também chamada de resposta inflamatória, a inflamação é uma resposta do corpo frente a uma agressão. Essa agressão pode ser provocada por microorganismos, produtos químicos/tóxicos ou traumas.
Embora muitas vezes invisível, pode indicar desde pequenas infecções até doenças crônicas silenciosas.
Se você quer entender melhor a diferença entre inflamação e infecção, seus sintomas e causas, recomendamos a leitura do nosso post completo sobre o tema: Diferença entre inflamação e infecção – entenda os processos e sintomas.
Assim que ocorre a agressão, o corpo dispara uma cascata de eventos com o objetivos de anular o agente agressor e iniciar a cicatrização do tecido lesado.
A resposta inflamatória é caracterizada pela presença de um ou mais desses 5 sinais: dor, vermelhidão, inchaço, perda de função e aumento da temperatura local.
O Que São Marcadores Inflamatórios
Marcadores inflamatórios são exames de sangue utilizados para detectar lesões no corpo, causadas por doenças como infecções, condições autoimunes ou outros processos que causem resposta inflamatória no organismo.
Em Quais Situações Podem Ser Empregados
Seu médico poderá solicitar exames de sangue que detectam inflamação nas seguintes situações:
- Diagnóstico de doenças autoimunes ou infecciosas
- Monitoramento da gravidade de enfermidade
- Acompanhamento do tratamento
- Avaliar risco de doenças cardiovasculares
- Pós operatório e controle de respostas inflamatória
- Avaliação de sintomas persistentes (fadiga, febre baixa, dores articulares);
Detectar inflamações no organismo é crucial para prevenir e tratar diversas doenças crônicas. Exames de sangue específicos podem identificar processos inflamatórios, mesmo quando não há sintomas evidentes. A seguir, apresentamos os principais exames utilizados para essa finalidade.
1. Proteína C Reativa (PCR)
A PCR é uma proteína produzida pelo fígado em resposta à inflamação. Níveis elevados de PCR no sangue indicam a presença de um processo inflamatório agudo ou crônico, sendo útil no diagnóstico de condições como artrite reumatóide e doenças autoimunes. Também pode ser utilizada para monitoramento de risco cardiovascular, quando realizada pela metodologia ultrassensível.
Saiba mais no nosso artigo completo sobre Proteína C Reativa.
2. Velocidade de Hemossedimentação (VHS)
O VHS mede a rapidez com que as hemácias se sedimentam no sangue. É muito útil para diagnosticar processos inflamatórios, além de avaliar a extensão da doença e auxiliar na evolução do tratamento.
3. Ferritina Sérica
A ferritina é uma proteína que armazena ferro nas células sanguíneas. Níveis elevados indicam inflamação, doenças hepáticas ou infecções crônicas, enquanto níveis baixos podem indicar deficiência de ferro.
Quer saber mais sobre esse marcador inflamatório? Acesse nosso post Ferritina: O Que É, Para Que Serve e Como Avaliar Seus Níveis Corretamente
4. Hemograma Completo
Este exame avalia as células do sangue. Alterações nos níveis de leucócitos e plaquetas podem indicar processos inflamatórios. Para pacientes portadores de processos inflamatórios crônicos, como na artrite reumatóide, o hemograma é muito útil no segmento e ajuste terapêutico.
5. Alfa 1 Glicoproteína Ácida
Principal constituinte do grupo das mucoproteínas, é um exame muito utilizado para diagnóstico de processos inflamatórios, como febre reumática, artrite reumatóide, lúpus e miosites.
6. Fibrinogênio
Produzida pelo fígado e com papel fundamental na coagulação sanguínea, também é uma proteína de fase aguda, atuando como um marcado de processo inflamatório.
O monitoramento dos níveis de fibrinogênio é especialmente relevante em pacientes com doenças crônicas como diabetes e hipertensão.
7. Homocisteína
A homocisteína é um aminoácido que está relacionado com o surgimento de doenças cardiovasculares, doença coronariana, trombose e infarto do miocárdio.
8. Fator de Necrose Tumoral (TN-alfa)
O fator de necrose tumoral alfa (TNF) é uma citocina secretada, sintetizado e secretada pelas células de defesa do organismo. Utilizada para acompanhar processos inflamatórios como artrite reumatoide, doença de Crohn, psoríase e Alzheimer.
Inflamação Subclínica: O Perigo Silencioso
A inflamação subclínica é um processo inflamatório de baixo grau que ocorre de forma contínua no organismo, mesmo na ausência de sintomas perceptíveis.
Essa condição, silenciosa e persistente, pode durar anos sem ser detectada, mas está diretamente associada ao desenvolvimento de diversas doenças crônicas, como aterosclerose, diabetes tipo 2, obesidade, hipertensão, doenças neurodegenerativas (como Alzheimer) e até alguns tipos de câncer.
O problema da inflamação subclínica é que ela não provoca sinais óbvios como febre, dor ou vermelhidão. Por isso, ela frequentemente passa despercebida até que a doença já esteja instalada.
Trata-se de uma inflamação de baixo nível, mas com alto impacto sobre a saúde a longo prazo. Ela compromete funções celulares, afeta o metabolismo e contribui para o envelhecimento precoce dos tecidos.
Essa condição pode ser desencadeada por múltiplos fatores, entre eles:
- Dieta rica em alimentos ultraprocessados, açúcares e gorduras trans;
- Estilo de vida sedentário;
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
- Privação de sono e estresse crônico;
- Disbiose intestinal;
- Excesso de peso e gordura abdominal;
- Poluição ambiental e exposição a toxinas.
Detectar a inflamação subclínica é fundamental para prevenir complicações futuras.
Ela pode ser monitorada por meio de exames laboratoriais específicos que medem biomarcadores inflamatórios sensíveis, mesmo em níveis muito baixos.
O acompanhamento médico é indispensável para interpretar os dados e orientar as intervenções mais adequadas, que podem incluir mudanças na alimentação, aumento da atividade física, controle do estresse e suplementações específicas, quando necessário.
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Perguntas Frequentes (FAQ)
1. É possível ter inflamação no corpo mesmo sem sintomas?
Sim. A chamada inflamação subclínica é silenciosa, de baixo grau, e pode estar presente por anos sem provocar sintomas perceptíveis. Ela está ligada a doenças crônicas como diabetes, obesidade e doenças cardíacas.
2. Qual exame é mais indicado para detectar inflamações silenciosas?
A PCR ultrassensível é um dos melhores exames para identificar inflamações subclínicas. Outros como fibrinogênio, ferritina e homocisteína também ajudam a avaliar esse quadro.
3. Alterações nesses exames sempre indicam doença?
Nem sempre. Níveis alterados podem indicar inflamação transitória, infecção, estresse metabólico ou outras condições. É essencial avaliar os resultados com um médico.
4. Esses exames exigem preparo ou jejum?
A maioria dos marcadores inflamatórios não exige jejum. No entanto, o ideal é seguir as orientações específicas do laboratório ou do profissional de saúde.
5. Com que frequência devo fazer exames para inflamação?
A frequência depende do seu histórico de saúde. Pessoas com doenças crônicas ou fatores de risco devem realizar acompanhamento periódico, conforme orientação médica.
Referências:
O papel multifacetado do fibrinogênio na lesão e inflamação dos tecidos