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Exame peptídeo C: para que serve, quando fazer e como interpretar seus resultados

O exame peptídeo C é um dos testes mais importantes para avaliar a produção de insulina pelo pâncreas — especialmente em pessoas com suspeita ou diagnóstico de diabetes. Apesar de pouco conhecido pelo público geral, ele oferece informações que nenhum outro exame fornece, permitindo distinguir diferentes tipos de diabetes, monitorar a função pancreática e orientar condutas clínicas de forma mais precisa.

Neste guia completo, você vai entender o que é o peptídeo C, quando o exame é indicado, como interpretar resultados altos ou baixos e por que ele complementa outros testes como glicemia, insulina e hemoglobina glicada.

O que é o peptídeo C?

O peptídeo C é uma pequena molécula liberada pelo pâncreas no momento em que a insulina é produzida. Ele é formado quando a pró-insulina — forma inativa da insulina — se divide em duas partes:

  • insulina ativa, que reduz a glicose no sangue
  • peptídeo C, liberado em quantidades proporcionais à insulina

Como a insulina administrada por via externa (injeções) não contém peptídeo C, medir essa substância permite saber quanto de insulina o próprio corpo ainda consegue produzir.

Acesse o post Exame de Insulina, entenda sua importância e quando realizar.

Para que serve o exame peptídeo C?

O exame peptídeo C tem utilidade clínica ampla e é solicitado em situações como:

✔ Diferenciar tipos de diabetes

  • Diabetes tipo 1: peptídeo C geralmente muito baixo ou indetectável
  • Diabetes tipo 2: níveis normais ou elevados
  • LADA (diabetes autoimune do adulto): níveis baixos, semelhante ao tipo 1, porém com evolução mais lenta

✔ Avaliar a reserva pancreática

Indica quanto o pâncreas ainda é capaz de produzir insulina — fundamental para definir condutas terapêuticas.

✔ Investigar hipoglicemias

Distingue hipoglicemia causada por produção excessiva de insulina pelo corpo (ex.: insulinoma) de hipoglicemia induzida por uso inadequado de insulina.

✔ Monitorar pacientes em uso de insulina

Como a insulina injetável não altera o peptídeo C, ele é ideal para avaliar função pancreática mesmo em quem já faz tratamento.

✔ Avaliar resposta em terapias para diabetes

Em alguns casos, o exame é repetido periodicamente para verificar progressão da doença.

Valores de referência do peptídeo C

Os valores podem variar conforme metodologia e equipamento do laboratório, mas geralmente situam-se entre:

Jejum: ~1,0 a 4,8 ng/mL
Pós-estímulo (2h após refeição ou carga de glicose): mais elevados conforme estímulo da glicose

A interpretação sempre deve considerar glicemia associada, idade, uso de medicamentos e contexto clínico.

Peptídeo C baixo

Valores reduzidos sugerem baixa produção de insulina, podendo indicar:

  • Diabetes tipo 1
  • LADA
  • Falência pancreática
  • Estágio avançado do diabetes tipo 2
  • Pós-pancreatectomia

Quanto mais baixo, menor a reserva pancreática.

Peptídeo C alto

Níveis elevados geralmente significam produção excessiva de insulina, com destaque para:

  • Diabetes tipo 2 com resistência à insulina
  • Obesidade
  • Síndrome metabólica
  • Insulinoma (raro)
  • Uso de medicamentos que estimulam secreção de insulina

Quando o peptídeo C está alto, é comum encontrar também insulina e glicemia alteradas.

Leia também: Resistência Insulínica: Sintomas, Causas, Exames e Prevenção

Como é feito o exame peptídeo C?

O exame é realizado por meio de coleta de sangue.
Em alguns casos, o médico pode solicitar a versão estimulada, feita após refeição ou sobrecarga de glicose, para avaliar resposta pancreática.

Preparo

  • Jejum não necessário (salvo orientação médica diferente)
  • Evitar bebidas alcoólicas nas 24h anteriores
  • Informar uso de medicamentos para diabetes

Peptídeo C ou insulina: qual é melhor?

O peptídeo C tem algumas vantagens importantes:

  • Não sofre interferência da insulina injetável
  • Possui meia-vida mais longa, oferecendo avaliação mais estável
  • Reflete mais fielmente a produção real do pâncreas

Por isso, em muitos casos, ele é considerado marcador mais confiável da função pancreática.

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Perguntas frequentes sobre o exame peptídeo C

1. O peptídeo C diagnostica diabetes?
Não sozinho. Ele complementa outros exames como glicemia e hemoglobina glicada para indicar a função pancreática.

2. É possível ter diabetes tipo 2 com peptídeo C baixo?
Sim, principalmente em estágios avançados, quando o pâncreas se exaure.

3. O exame precisa ser feito em jejum?
Na maioria das vezes, não. Em situações específicas, o médico pode solicitar teste estimulado.

4. Quem usa insulina pode fazer o exame?
Sim. A insulina injetável não interfere no resultado, tornando o peptídeo C ideal nesses casos.

5. O resultado “alto” é sempre ruim?
Não necessariamente. Ele reflete aumento da produção de insulina, frequentemente ligado à resistência insulínica. A interpretação depende do contexto clínico.

6. O exame substitui a hemoglobina glicada?
Não. Cada exame avalia aspectos diferentes do controle glicêmico.

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Referências:

Peptídeo C

Significado clínico do peptídeo C circulante no diabetes mellitus e nos distúrbios hipoglicêmicos.

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