Durante a transição para a menopausa (perimenopausa) e na fase pós-menopausa, é comum que os níveis de estradiol — o estrogênio mais potente do organismo feminino — diminuam gradualmente.
Essa queda hormonal está por trás de diversos sintomas físicos e emocionais que podem afetar o bem-estar e a qualidade de vida.
Neste artigo, você vai entender o que significa estradiol baixo, quais sintomas merecem atenção, quando investigar e como é feito o exame.
O que é o estradiol e por que ele diminui na menopausa
O estradiol (E2) é um dos principais hormônios femininos e desempenha papel fundamental na regulação do ciclo menstrual, fertilidade, saúde dos ossos, equilíbrio do humor, sono e função sexual.
Durante o climatério, os ovários reduzem progressivamente a produção hormonal. Essa diminuição provoca oscilações nos níveis de estradiol, que se tornam mais evidentes na menopausa, quando a menstruação cessa definitivamente.
Com a redução do estradiol, o corpo passa a sentir os efeitos da falta de estrogênio, como ondas de calor, ressecamento vaginal e alterações no metabolismo.
Principais sintomas de estradiol baixo
Os sintomas de estradiol baixo variam de mulher para mulher, mas costumam incluir:
- Ondas de calor e suores noturnos;
- Secura vaginal e dor durante a relação sexual;
- Diminuição da libido;
- Irritabilidade, ansiedade e mudanças de humor;
- Fadiga e perda de energia;
- Alterações de sono (insônia ou sono leve);
- Pele e cabelo mais secos e frágeis;
- Ganho de peso, especialmente na região abdominal;
- Diminuição da massa óssea, com risco de osteoporose;
- Infecções urinárias mais frequentes e urgência urinária.
Importante: nem todos esses sintomas são causados apenas pelo estradiol baixo. O diagnóstico deve ser confirmado por meio de exames hormonais e avaliação médica.
Valores de referência do estradiol
Os valores considerados “baixos” dependem do método e do laboratório que realiza o exame.
Veja uma faixa média usada como referência:
Fase do ciclo / condição | Valor de referência (pg/mL) |
---|---|
Fase folicular | 22 a 218 |
Ovulação (pico) | até 480 |
Fase lútea | 70 a 240 |
Pós-menopausa | até 30 |
*Os intervalos podem variar de acordo com o laboratório e a metodologia usada.
Durante a menopausa, valores inferiores a 30 pg/mL são esperados e refletem o fim da função ovariana.
Contudo, mulheres jovens com estradiol abaixo desse valor devem investigar causas hormonais ou ovarianas.
Causas de estradiol baixo além da menopausa
Embora a menopausa seja o principal motivo, outras condições também podem causar estradiol baixo:
- Insuficiência ovariana precoce (falência dos ovários antes dos 40 anos);
- Doenças hipofisárias ou hipotalâmicas (problemas na regulação hormonal cerebral);
- Exercícios intensos e baixo percentual de gordura corporal;
- Dietas restritivas e perda de peso rápida;
- Estresse crônico;
- Uso de medicamentos hormonais ou quimioterapia;
- Distúrbios alimentares, como anorexia.
Esses fatores reduzem a produção de estradiol e podem causar sintomas semelhantes aos da menopausa.
Quando investigar e quais exames fazer
A avaliação do estradiol costuma ser indicada quando a mulher apresenta sintomas de desequilíbrio hormonal.
Os exames mais solicitados são:
- Estradiol (E2) – principal marcador da função estrogênica;
- FSH e LH – hormônios hipofisários que regulam o ciclo menstrual;
- TSH e T4 livre – para avaliar a função da tireoide;
- Prolactina – para excluir causas hormonais secundárias.
A dosagem do estradiol deve ser interpretada junto com o quadro clínico e outros hormônios.
Em mulheres na perimenopausa, o resultado pode variar conforme o dia do ciclo.
Já na menopausa, os níveis permanecem consistentemente baixos.
Saiba mais: Exames de LH e FSH – Blog do Posenato Diagnósticos.
O tratamento do estradiol baixo deve ser individualizado e conduzido por um médico.
Entre as opções mais comuns estão:
1. Terapia de Reposição Hormonal (TRH)
Utiliza estrogênios isolados ou combinados com progesterona para aliviar os sintomas da menopausa.
Deve ser avaliada de forma personalizada, considerando idade, histórico familiar e riscos individuais.
2. Tratamentos locais
Cremes vaginais ou lubrificantes com estrogênio aliviam sintomas geniturinários como secura e desconforto.
3. Abordagens não hormonais
- Alimentação equilibrada e rica em cálcio, magnésio e vitaminas do complexo B;
- Prática regular de atividade física;
- Controle do estresse e sono adequado;
- Manutenção de peso saudável.
⚠️ Nunca inicie reposição hormonal sem acompanhamento médico.
Somente um especialista pode avaliar se o tratamento é indicado e em qual dose.
Perguntas frequentes sobre estradiol baixo
1. Estradiol baixo engorda?
Não diretamente. O ganho de peso na menopausa está relacionado à redução do metabolismo e redistribuição da gordura corporal.
2. Estradiol baixo causa ansiedade?
Sim. A falta de estrogênio afeta neurotransmissores ligados ao humor, podendo causar irritabilidade e sintomas de ansiedade.
3. Qual o valor normal de estradiol na menopausa?
A maioria dos laboratórios considera até 30 pg/mL como valor típico para mulheres na pós-menopausa.
4. É possível aumentar o estradiol naturalmente?
Adotar hábitos saudáveis, evitar dietas restritivas e controlar o estresse pode ajudar na regulação hormonal, mas quedas acentuadas exigem avaliação médica.
5. O exame de estradiol precisa de preparo?
Normalmente não há preparo específico, mas o ideal é informar o médico sobre uso de medicamentos ou reposição hormonal.
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O estradiol baixo é uma condição natural na menopausa, mas que merece atenção devido aos sintomas físicos e emocionais que provoca.
Com acompanhamento médico, estilo de vida equilibrado e exames regulares, é possível manter a saúde e o bem-estar nessa fase da vida.
Referências:
A obesidade agrava os sintomas do climatério em mulheres na pós-menopausa?