O uso de esteroides anabolizantes pode causar diversas alterações nos exames laboratoriais — e uma das mais importantes é o aumento do hematócrito, um indicador da concentração de glóbulos vermelhos no sangue.
Esse aumento pode trazer riscos à saúde, especialmente ao sistema cardiovascular, e exige acompanhamento laboratorial cuidadoso.
Ainda não sabe exatamente o que é hematócrito? Veja neste artigo completo o que significa esse exame, como é feito e seus valores normais.
Neste artigo, vamos focar exclusivamente nos efeitos dos esteroides sobre o hematócrito. Você vai entender:
Por que o hematócrito tende a subir com o uso de esteroides;
Os riscos que esse aumento representa;
Como monitorar esse marcador com exames de sangue periódicos;
Quais medidas podem ser adotadas para reduzir os riscos.
Como os Esteroides Anabolizantes Afetam o Hematócrito?
Os esteroides anabolizantes estimulam a produção de eritropoietina (EPO), um hormônio que promove a formação de glóbulos vermelhos na medula óssea. Isso resulta em um aumento na concentração de hemoglobina e, consequentemente, no hematócrito.
Consequências do aumento do hematócrito incluem:
- Aumento da viscosidade sanguínea (sangue mais espesso);
- Maior risco de coágulos sanguíneos;
- Hipertensão arterial;
- Sobrecarga cardiovascular, aumentando o risco de infarto e AVC;
- Tonturas, fadiga e dores de cabeça devido à circulação prejudicada.
Exames Para Avaliar o Hematócrito Elevado
A realização de exames laboratoriais é essencial para acompanhar os níveis de hematócrito.
Através do hemograma completo é possível avaliar o percentual do hematócrito e decidir pela conduta terapêutica, caso necessário.
Tratamento Para Hematócrito Alto Causado por Esteróides
Quando o hematócrito atinge níveis elevados — geralmente acima de 54% — como consequência do uso de esteroides anabolizantes, isso pode indicar um aumento significativo na viscosidade do sangue.
Essa condição, conhecida como policitemia induzida, eleva o risco de coágulos, hipertensão e eventos cardiovasculares graves, como trombose ou AVC.
Por isso, é essencial que qualquer alteração seja monitorada com exames laboratoriais regulares e acompanhada por um profissional de saúde.
A boa notícia é que existem abordagens seguras e eficazes para controlar o hematócrito e minimizar os riscos.
Veja a seguir quais são as principais estratégias utilizadas nesse tipo de situação:
1. Flebotomia terapêutica
A flebotomia, também conhecida como sangria terapêutica, consiste na retirada controlada de uma certa quantidade de sangue — geralmente entre 300 e 500 ml — com o objetivo de reduzir o volume de glóbulos vermelhos circulantes.
Essa é uma das abordagens mais eficazes e imediatas para controlar o hematócrito elevado em usuários de esteroides.
⚠️ Deve ser realizada apenas com prescrição e supervisão médica, pois a remoção excessiva de sangue pode gerar efeitos colaterais como fadiga, hipotensão ou deficiência de ferro.
2. Pausa ou ajuste no uso de esteroides
Reduzir a dose, espaçar aplicações ou mesmo suspender o uso temporariamente pode ajudar o organismo a normalizar os níveis de hematócrito.
Essa estratégia deve ser avaliada em conjunto com o médico ou profissional que acompanha o protocolo hormonal do paciente.
3. Hidratação adequada
Beber quantidades adequadas de água ajuda a manter o sangue menos viscoso, o que reduz o impacto de um hematócrito elevado.
Apesar de simples, a hidratação regular é uma medida auxiliar importante, especialmente em pessoas que usam substâncias que concentram o sangue.
4. Avaliação da função renal e hepática
A elevação do hematócrito pode estar associada a alterações no metabolismo de fluidos e na produção de eritropoietina, hormônio que estimula a produção de hemácias.
Investigar como estão os rins e o fígado ajuda a identificar possíveis causas secundárias e prevenir complicações futuras.
5. Atividade física moderada
Exercícios intensos podem elevar ainda mais o hematócrito em determinados contextos. Em casos de policitemia induzida, o ideal é adotar atividades leves a moderadas, respeitando a orientação médica.
6. Exames laboratoriais regulares
Monitorar o hematócrito, a hemoglobina e outros parâmetros do hemograma completo é essencial.
Recomenda-se repetir o exame a cada 30 a 60 dias em usuários ativos de esteroides, para acompanhar variações e agir preventivamente.
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O uso de esteroides anabolizantes exige responsabilidade e acompanhamento constante. Um dos efeitos colaterais mais comuns é o hematócrito alto, que deixa o sangue mais espesso — condição popularmente conhecida como sangue grosso — e que pode aumentar o risco de infarto e AVC.
Por isso, é essencial realizar exames frequentes e, quando necessário, adotar medidas como a sangria terapêutica para equilibrar os níveis.
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Perguntas Frequentes (FAQs)
1. O que acontece se meu hematócrito estiver muito alto?
Um hematócrito elevado pode tornar o sangue mais espesso, aumentando o risco de coágulos, hipertensão e eventos cardiovasculares graves, como AVC e infarto.
2. Quanto tempo leva para normalizar o hematócrito após parar os esteroides?
O tempo varia de acordo com o metabolismo de cada pessoa, mas pode levar de algumas semanas a meses, dependendo da dose e da duração do uso.
3. A doação de sangue ajuda a reduzir o hematócrito alto?
Sim, a doação de sangue é uma forma de flebotomia terapêutica que pode ajudar a reduzir os níveis elevados de hematócrito.
4. Quais são os sintomas de hematócrito alto?
Os sintomas podem incluir tonturas, dores de cabeça, fadiga, dificuldade respiratória e aumento da pressão arterial.
5. Como prevenir o aumento do hematócrito ao usar esteróides?
A melhor prevenção é evitar o uso de esteroides anabolizantes. Caso o uso ocorra, é essencial monitorar regularmente os níveis sanguíneos, manter boa hidratação e, se necessário, realizar doação de sangue para controle da viscosidade.
Referências:
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC5647167/
https://periodicos.unifev.edu.br/index.php/unic/article/view/1774/1591