Quais exames devo fazer para saber se posso engravidar é uma pergunta comum entre mulheres que desejam planejar a maternidade de forma segura e consciente.
Neste artigo, vamos detalhar todos os exames importantes, explicar suas funções e mostrar como eles ajudam a entender por que não consegue engravidar ou se há algo a investigar mais profundamente.
Por que é importante fazer exames antes de tentar engravidar?
Realizar exames pré-concepcionais é uma forma de prevenir problemas e aumentar as chances de uma gravidez saudável. Eles ajudam a detectar:
- Possíveis causas de infertilidade
- Doenças silenciosas como a endometriose
- Desequilíbrios hormonais
- Problemas com a ovulação
Quais exames fazer antes de engravidar?
A seguir, apresentamos os principais exames de fertilidade feminina que devem ser considerados:
1. Exame de dosagem hormonal
Este conjunto de exames avalia os níveis dos principais hormônios envolvidos na fertilidade feminina. Cada hormônio tem uma função específica no ciclo reprodutivo:
- FSH (Hormônio Folículo Estimulante): Avaliado no início do ciclo (geralmente no 3º dia), indica como os ovários estão funcionando. Altos níveis podem sugerir uma reserva ovariana reduzida.
- LH (Hormônio Luteinizante): Atua em conjunto com o FSH, sendo responsável pelo pico que induz a ovulação. Alterações nos níveis de LH podem indicar síndrome dos ovários policísticos (SOP) ou problemas ovulatórios.
- Estradiol: É o principal estrogênio e regula o crescimento do endométrio. Seus níveis também ajudam a interpretar a resposta ovariana junto com o FSH.
- Progesterona: Geralmente dosada na segunda fase do ciclo (aproximadamente 21º dia), confirma se houve ovulação. Baixos níveis podem indicar anovulação.
- Prolactina: Quando elevada, pode inibir a ovulação. É comum que distúrbios como microadenomas hipofisários causem hiperprolactinemia, dificultando a gravidez.
- TSH (Hormônio Estimulante da Tireoide): Avalia a função da tireoide. Disfunções como hipotireoidismo ou hipertireoidismo podem interferir na ovulação e aumentar o risco de abortos espontâneos.
Desequilíbrios nesses hormônios podem indicar o motivo da dificuldade em engravidar, oferecendo uma visão detalhada do funcionamento do sistema reprodutivo.
2. Ultrassonografia transvaginal
Usada para verificar o estado do útero, ovários e endometriose. Ajuda a detectar anomalias que podem justificar o pensamento “não consigo engravidar porque tenho algo errado no sistema reprodutor”.
Também é útil para identificar a presença de cistos, miomas e para avaliar a espessura do endométrio e a quantidade de folículos antrais — dados fundamentais na avaliação da fertilidade.
3. Histerossalpingografia
Um exame de imagem realizado com contraste e raio-x que avalia a anatomia do útero e se as trompas de Falópio estão obstruídas.
Trompas bloqueadas impedem o encontro entre óvulo e espermatozoide, sendo uma causa comum de infertilidade. O exame também pode revelar alterações uterinas como pólipos, aderências ou malformações.
4. Exames sorológicos
Os exames sorológicos são fundamentais na avaliação pré-concepcional, pois investigam a presença de infecções que podem afetar a fertilidade, causar complicações na gravidez ou representar riscos para o bebê. Entre os principais testes realizados, estão:
- HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana): A detecção precoce é essencial para o manejo adequado durante a gravidez e para evitar a transmissão vertical para o bebê.
- Sífilis (VDRL): A infecção pode causar abortos espontâneos, partos prematuros e malformações congênitas. A detecção e tratamento precoce são essenciais.
- Hepatite B e C: A triagem é feita por sorologia (HBsAg, anti-HBs, anti-HBc, anti-HCV). A infecção pode ser transmitida ao feto e prejudicar o desenvolvimento fetal.
- Rubéola (IgG e IgM): A rubéola congênita pode causar surdez, catarata e problemas neurológicos. Mulheres não imunes devem ser vacinadas antes de engravidar.
- Toxoplasmose (IgG e IgM): A toxoplasmose congênita pode provocar complicações graves no bebê, como hidrocefalia e cegueira. O acompanhamento sorológico é fundamental.
- Citomegalovírus (CMV): Infecção comum, mas que pode trazer riscos ao feto se ocorrer durante a gestação. A sorologia ajuda a avaliar a exposição anterior e o risco atual.
5. Papanicolau e colposcopia
O exame de Papanicolau é essencial para detectar alterações nas células do colo do útero, como lesões precursoras do câncer cervical e infecções pelo vírus HPV.
Já a colposcopia é um exame complementar, realizado quando há alterações no Papanicolau, e permite uma análise ampliada e detalhada do colo uterino, vagina e vulva, com possibilidade de realizar biópsias para confirmação diagnóstica.
Esses exames são fundamentais não apenas para a prevenção do câncer de colo do útero, mas também porque alterações cervicais não tratadas podem interferir na implantação do embrião e aumentar os riscos de complicações na gravidez.
Se a mulher desejar uma investigação mais completa das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), recomenda-se a realização do Painel IST, que analisa de forma abrangente a presença de diversas ISTs por meio de métodos moleculares de alta precisão.
Esse painel é indicado especialmente para mulheres com histórico de múltiplos parceiros, infecções prévias ou que desejam garantir maior segurança antes da gestação. Saiba mais sobre o Painel IST neste link: https://posenato.med.br/painel-ist/
6. Avaliação da reserva ovariana
A avaliação da reserva ovariana tem como objetivo estimar a quantidade de óvulos que ainda estão disponíveis nos ovários da mulher, o que ajuda a prever sua fertilidade atual e futura.
Esse exame é especialmente relevante porque a fertilidade feminina diminui com a idade, principalmente após os 35 anos.
Os principais métodos para essa avaliação são:
- Dosagem do Hormônio Anti-Mülleriano (AMH): Um exame de sangue que indica com precisão a quantidade de folículos presentes nos ovários. Quanto maior o nível de AMH, maior tende a ser a reserva ovariana.
- Contagem de folículos antrais: Realizada por ultrassonografia transvaginal, esse exame contabiliza os folículos visíveis no início do ciclo menstrual, o que também indica a reserva ovariana.
Quem deve fazer a avaliação da reserva ovariana?
- Mulheres com mais de 35 anos que desejam engravidar
- Mulheres que estão tentando engravidar há mais de 6 meses
- Pacientes com histórico familiar de menopausa precoce
- Mulheres com endometriose ou que realizaram tratamentos oncológicos
- Casais que estão considerando tratamento de reprodução assistida
Essa avaliação permite decisões mais assertivas sobre o planejamento reprodutivo, ajudando a entender a dificuldade em engravidar e indicando se há urgência em iniciar tentativas ou considerar técnicas como congelamento de óvulos.
7. Cariótipo e testes genéticos
Os exames genéticos, como o cariótipo, não fazem parte da investigação inicial de rotina para fertilidade. Eles são exames mais complexos e específicos, indicados apenas quando há recomendação médica baseada em histórico clínico relevante.
O cariótipo analisa o número e a estrutura dos cromossomos, podendo identificar alterações genéticas que aumentam o risco de abortos espontâneos, falhas repetidas de implantação em tratamentos de fertilização ou infertilidade sem causa aparente.
Além disso, testes genéticos adicionais podem ser solicitados em casos de:
- Histórico familiar de doenças genéticas
- Abortamentos de repetição
- Casais com parentesco biológico
É importante destacar que esses exames devem ser solicitados e interpretados por um especialista, como um geneticista ou especialista em reprodução humana. A sua realização sem indicação pode gerar ansiedade desnecessária e não acrescentar informações úteis ao diagnóstico.
Quando procurar um especialista?
Se você está tentando engravidar há mais de 12 meses (ou 6 meses, se tiver mais de 35 anos), é hora de buscar ajuda médica especializada.
Um ginecologista ou endocrinologista reprodutivo pode solicitar o exame de fertilidade feminina adequado para avaliar com mais profundidade seu caso. A investigação precoce aumenta significativamente as chances de sucesso reprodutivo e permite intervenções mais eficazes.
O papel do parceiro também importa
Infertilidade não é um problema exclusivamente feminino.
O homem também deve realizar exames como o espermograma para avaliar a qualidade do sêmen. A análise seminal examina a quantidade, motilidade e morfologia dos espermatozoides, sendo essencial para entender melhor as causas da dificuldade em engravidar, considerando os dois lados do casal.
Em alguns casos, podem ser necessários exames hormonais e genéticos masculinos.
Considerações finais
Saber quais exames fazer antes de engravidar é o primeiro passo para transformar o sonho da maternidade em realidade. Diagnosticar e tratar causas ocultas pode ser a chave para resolver o dilema “não consigo engravidar porque não sabia o que estava impedindo”.
Ao compreender o seu corpo e buscar o acompanhamento de profissionais especializados, você amplia suas chances de conceber com segurança e saúde. Realizar os exames certos no momento adequado, manter um estilo de vida saudável e cuidar da saúde mental são atitudes essenciais nessa jornada.
Agende seus exames com o Posenato Diagnósticos
Na hora de cuidar da sua fertilidade, conte com quem é referência no assunto. O Posenato Diagnósticos oferece uma linha completa de exames hormonais, ginecológicos, genéticos e sorológicos para avaliar sua saúde reprodutiva com precisão e acolhimento.
✅ Tecnologia de ponta em exames laboratoriais
✅ Preços acessíveis e condições facilitadas
✅ Atendimento humanizado e rápido agendamento
Agende agora mesmo sua avaliação e dê o próximo passo com segurança.
FAQs – Perguntas Frequentes
- Quantos exames são necessários antes de engravidar?
Depende do histórico médico e idade da mulher, mas geralmente são feitos de 5 a 7 exames principais. - Qual o primeiro exame de fertilidade feminina que devo fazer?
O primeiro geralmente é a dosagem hormonal junto com a ultrassonografia transvaginal. - Homem também precisa fazer exames?
Sim, o espermograma é fundamental para avaliar a fertilidade masculina. - Existe idade ideal para fazer esses exames?
Sim, mulheres a partir dos 30 anos devem considerar uma avaliação mais completa se desejam engravidar. - Problemas hormonais sempre impedem a gravidez?
Não necessariamente, muitos são tratáveis e permitem gravidez com acompanhamento adequado.
Referências:
American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) – Avaliação de Fertilidade